domingo, 4 de agosto de 2013

Ana Carolina lança CD eletrônico


O novo álbum ‘#AC’, lançado recentemente, foi produzido, com o intuito de trazer a cantora de volta às rádios.




RIO - Ana Carolina mudou. Mas não muito. Em seu décimo disco, o “#AC”, lançado recentemente, ela deixou a bateria de lado e se aventurou pelo mundo eletrônico. A ideia do produtor Alê Siqueira caiu como uma luva para ela, que queria voltar a bombar nas rádios, após o morno período do álbum anterior.
— O “Nove” foi muito bem avaliado pela crítica, mas o público não curtiu. E, cada vez mais, penso que não tem sentido fazer um disco completamente duro, sofisticado, mas que não comunica, fica na minha estante. Senti saudade do “Estampado” e de outros discos, que tinham a magia da canção que toca a quem escuta. Independentemente de entenderem ou não, queria voltar a fazer música que agrada às pessoas — explica Ana.
No novo trabalho, ela flerta com a ousadia sem medo de ser feliz. E para não tomar um novo “toco” do público, a cantora, que parece ser uma geminiana autêntica — durante a entrevista, ela recorre ao computador para dar respostas com exatidão —, foi bem detalhista na escolha do repertório.
— Reuni aproximadamente 50 canções. Escolhi uma a uma até chegar a um total de 12, que tinham a ver com a proposta desse trabalho, com o meu momento  —  comenta.
Entre as músicas selecionadas, há o dedo de Maria Bethânia. E, diga-se de passagem, um senhor dedo.
— A “Resposta da Rita” para a canção “A Rita”, do Chico Buarque, foi uma sugestão dela. Sempre que a Bethânia me pede uma coisa, eu acho que não vou conseguir fazer. Mas o resultado ficou muito legal. Ela foi a primeira pessoa a ouvir a música pronta e disse que está bem bacana — lembra ela, que contou com a participação de Chico. — Foi muito generoso da parte dele.
Agora, com ou sem Chico Buarque, Ana espera ser hit no dance floor.
— Acho que, nesse disco, duas ou três canções fazem as pessoas dançarem. Talvez “Bang bang 2” e “Pole dance” estejam entre elas. Quero muito chegar às boates. O meu trabalho nunca teve essa coisa, com exceção de algumas músicas isoladas, como “O beat da beata”, que eu fiz com o Seu Jorge, ou outras que DJs mexeram, como aconteceu com “Entre olhares” e “Eu comi a Madonna” — recorda.
Ousadia à parte, Ana Carolina continua a mesma mineirinha de sempre. Pelo menos, é o que diz. A quebra de paradigma parece se restringir apenas ao trabalho. Na vida pessoal, segundo ela, tudo continua como sempre foi. Tanto que, ao ser questionada pela equipe do GLOBO-Zona Sul sobre outras situações em que tenha “aloprado” e rompido algum comportamento, ela é direta:

— Nisso, eu não vou poder te ajudar.
Ana Carolina é simples, tímida e de bom humor. E não é porque acabou de lançar um CD com base eletrônica, que ela curte se “jogar” na night. Não. Isso não é a praia dela. Praia, aliás, nem está na lista de programas que gosta de fazer na cidade.
— Não tenho nada de carioca. Quase não saio, não curto praia nem sol. Gosto de receber amigos em casa, como já fazia em Minas. Sabe mesa de lanche, cheia de gente? Gosto disso — diz.
Motivos para ficar em casa ela tem. Moradora do Jardim Botânico, a cantora é privilegiada pelas vistas para o Corcovado e para o Pão de Açúcar. Duas paisagens de cartão-postal que, somadas ao pão de queijo, saído do forno quentinho, são um convite à vida pacata, da qual ela não abre mão.
— Para fugir da rotina, eu viajo. Vou conhecer um país novo, faço pesquisa sobre algum pintor. Também costumo ir a Fernando de Noronha — revela.
Quando está no Rio e se anima a sair, Ana gosta de andar. Seja no Parque Lage; na Lapa, com o amigo e parceiro de trabalho Edu Krieger; ou em qualquer outro lugar do Centro da Cidade. Ela não se importa com o assédio dos fãs.
— Se encontro alguém na rua que queira tirar foto ou que me peça para dar autógrafo, atendo na boa — conta.
Quem não tiver a sorte de esbarrar com a cantora por essas andanças, em novembro, ela é presença certa pelos palcos do país, quando inicia a turnê eletrizante do “#AC”.

Fonte: O Globo
Rio Bairros


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