quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ana Carolina mergulha no pop


 Nem na hora da entrevista Ana Carolina desgruda os olhos do computador. Ela passa entre 12 e 14 horas diárias ligada na internet: “Acho que estou viciada!”, diz Ana, que há cinco anos não tinha contas em redes sociais e era assolada por perfis falsos. “Hoje, a internet é a televisão que eu quero pra mim.”
A fascinação pela rede e suas possibilidades está evidente no CD “#AC”, que chega às lojas na segunda quinzena deste mês – o símbolo da hastag “#” é um marcador usado no Twitter. 
Nas palavras de Ana, trata-se de “um disco para todo mundo”, fotografia de um momento especial em sua vida: “Em 2006, eu lancei 24 músicas num álbum duplo (“Dois Quartos”). Agora, acho que adquiri uma maturidade para saber que não são todas as canções que você deve lançar”, considera. “Não existe mais um álbum inteiro. Existe uma música, duas, um videoclipe. Eu não escuto um disco inteiro.”

E “#AC” nasceu justamente por causa de um videoclipe, da faixa “Un Sueño Bajo el Água”, que a cantora filmou com Chiara Civello na piscina de casa (onde também foram feitas as fotos de divulgação). Detalhe: o vídeo foi feito antes de a canção ser composta. “Aí pensei numa música meio lista mesmo, em que não se conta uma história mas as palavras são interligadas. Assim, aquela total falta de sentido chega ao sentido total.”
“Sueño” ia ficar só no vídeo, mas uma versão em áudio, que a cantora mixou e masterizou em casa, acabou entrando na programação de uma FM. “Aí, eu descobri que eu sou uma peste, porque fiquei no primeiro lugar da rádio com essa música estranha”, conta.
Como estranheza pouca é bobagem, Ana teve a ideia de partir para um álbum em que as músicas não tivessem bateria, só estruturas rítmicas. “Só depois de criar os ritmos é que a gente foi botando a harmonia. Eu sou uma compositora e cantora de baladas. E esse é um disco que quase não tem baladas. Eu quero mostrar esse meu outro lado, do ‘groove’”, diz a cantora, para quem “#AC” é uma rendição ao pop. “Vou ficar sempre nessa mistura entre o popular e o mais sofisticado.”


Fonte: Bom dia / Terra

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